A Frente Ampla pela Liberdade de Expressão no Rio de Janeiro (FALE-RIO) entrega no próximo dia 23 de setembro (terça-feira), às 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas, a sua plataforma eleitoral da democratização da mídia no estado do Rio de Janeiro para os candidatos ao governo do estado e ao parlamento.
A FALE-Rio segue o exemplo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) que apresentou uma
plataforma nacional da democratização da mídia.
Confira abaixo a plataforma estadual da democratização da mídia:
A Frente Ampla
pela Liberdade de Expressão no Rio de Janeiro (FALE-RIO) apresenta ao conjunto
da sociedade de nosso Estado e aos candidatos às eleições deste ano, sua
plataforma para a democratização da comunicação. Apoie, assine, divulgue e
compartilhe as 10 prioridades do nosso movimento, e leve-as para a campanha do
seu candidato:
1 – CONSELHO ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Tramita na
ALERJ o Projeto de Lei 3323/2010 de autoria do deputado Paulo Ramos (PSOL-RJ)
que cria o Conselho Estadual de Comunicação Social do Rio de Janeiro, com
função deliberativa . O Conselho é espaço fundamental para unir sociedade
civil, empresarial e não empresarial , e poder público na formulação de
políticas públicas e na fiscalização da comunicação social no E stado. A Frente
Parlamentar pela Democratização da Comunicação e da Cultura, na ALERJ, já
discutiu e aprovou um conjunto de propostas de emendas, sugeridas pela FALERIO,
para aperfeiçoar o texto original, mas o PL em questão não teve tramitação na
gestão que se encerra este ano. Queremos o compromisso dos futuros Deputados
Estaduais de resgatar o PL original, lutar pela sua tramitação e futura
aprovação, incorporando as emendas sugeridas visando aperfeiçoar o PL.
Igualmente, queremos que o futuro Governador do Estado se comprometa a
implementar o Conselho, por ser uma atribuiçãodo Poder Executivo, dando a ele
condições materiais e logísticas de funcionamento.
2 – FINANCIAMENTO DA MÍDIA ALTERNATIVA
O Projeto de
Lei 2248/2013 da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) que tramita na ALERJ propõe
a destinação de um mínimo de 20% das verbas de publicidade do Governo do Estado
para mídias alternativas como blogs, jornais de bairro, jornais e revistas
alternativos , rádios comunitárias e TVs comunitárias. A aprovação desse PL é
essencial para o cumprimento da Constituição Brasileira, que determina o
desenvolvimento de políticas de estimulo a complementariedade entre as três
tipos sistemas de comunicação, Pública, Estatal e Comercial, garantindo assim a
diversidade e pluralidade da informação no estado.
3 – UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA
A internet
barata e de qualidade é uma necessidade urgente para o desenvolvimento social,
tecnológico e econômico do Estado. Propomos que o Governo do Estado ajude a
universalizar o acesso à Banda Larga em todo o Estado, priorizando a sua
expansão nas comunidades carentes e nos municípios mais distantes. Para tal, é
fundamental construir o Plano Estadual de Banda Larga para Todos. Priorizar o
acesso à Banda Larga nas escolas da rede estadual de ensino público, com
conexão mínima de 4 Mbps, e com distribuição de computadores de mão aos
professores. Reduzir o ICMS dos serviços de telecomunicações para o patamar de
25%, de forma a beneficiat os usuários destes serviços. Reduzir para zero o
ICMS sobre o chamada Banda Larga popular e para o AICE – Acesso Individual
Classe Especial (telefone fixo popular). Promover o acesso à Internet via redes
existentes, integradas ao Plano Nacional de Banda Larga.
4 – APOIO ÀS RÁDIOS COMUNITÁRIAS
Embora sejam
importantes fontes de informação de grande parte da população, sendo hoje o
único meio de comunicação acessível ao povo pobre , as rádios comunitárias
continuam sendo perseguidas sistematicamente, até criminalização de seus
componentes seus ativistas tem sido criminalizados e seus equipamentos
apreendidos, em ações da ANATEL e da Polícia Federal. Defendemos não apenas o
apoio institucional do Governo Estadual para que as rádios comunitárias do Estado
tenham segurança jurídica maior, como também que a Secretaria Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação crie linhas de fomento estrutural, visando a
manutenção periódica dos equipamentos, o incentivo à criação de novas emissoras
comunitárias, e mesmo a futura transição para o padrão digital, além de uma
política de capacitação e qualificação de comunicadores comunitários e
populares, que poderá vir a ser coordenada por instituições como a UERJ e a
FAETEC. Apoio ao PL 1797/2004 (Dep.
Estadual Carlos Minc PT-RJ) que dispõe sobre o fomento à diversidade cultural
por meio de incentivo as rádios e tvs comunitárias, com destinação de um % dos
verbas públicas estaduais a campanhas publicitárias.
5 – CANAL DA CIDADANIA
O Canal da Cidadania tornar-se-á pode tornar-se um dos mais importantes espaços
de comunicação da sociedade civil nos próximos anos. O Governo Estadual deve
cumprir papel destacado nesse processo, em parceria com as Prefeituras, ou
utilizando parte de suas instalações e infraestrutura tecnológica (nos campus
da UERJ, da FAETEC e de outras instituições), oferecendo estrutura para que
todos os 92 municípios do Estado tenham a possibilidade de contar com esse
serviço público de comunicação no prazo de 4 anos . Igualmente, o Governo
Estadual deve garantir uma gestão democrática na sua faixa de programação do
Canal da Cidadania, exercendo o seu direito de comunicação estatal, dando
informações e prestando conta de suas ações governamentais, mas estabelecendo
canais de diálogo e interlocução com a sociedade civil (ouvidoria, conselho,
audiências públicas) quanto ao conteúdo de sua programação.
6 – CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESTADUAL DE
COMUNICAÇÃO
Dar às políticas públicas de comunicação no Estado um status de ação
estratégica de Estado, com a criação de uma Secretaria Estadual de Comunicação,
hoje inexistente no âmbito do Poder Público Estadual. Dentro desta Secretaria,
criar uma Sub-Secretaria de Comunicação Comunitária e Alternativa, para
coordenar e estruturar as ações necessárias para a implementação de políticas
publicas voltadas para este segmento, com verba própria e espaço político
próprio, visando o cumprimento de uma política que entregue ao povo o
protagonismo da produção e veiculação da comunicação.
7 – FORTALECER E DEMOCRATIZAR A RÁDIO ROQUETTE-PINTO
FM
Reforçar a estrutura da comunicação estatal e
pública , a mpliando sua ação e interatividade com o aparelhamento desse
importante meio. garantindo uma dotação orçamentária mais robusta para a Rádio
Roquette-Pinto, Concurso Público para poder ampliar seu quadro de
profissionais, instalação dos transmissores da Roquette-Pinto AM e imediata
retomada das atividades dessa emissora,
ampliação e fortalecimento da Roquette-Pinto FM,
criação de mecanismos de participação social e interlocução com a sociedade
civil (conselho, ouvidoria, audiências públicas), garantindo que estas
emissoras possam cumprir sua missão institucional de comunicação pública não
governamental, principalmente no tocante à informação jornalística., em que
pese o direito do Governo Estadual poder ter seus espaços e programas próprios
nestas emissoras.
8 – IMPLEMENTAR A LEI DO ACESSO À
INFORMAÇÃO NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DO ESTADO
A Lei do Acesso à Informação (12.527/2011), iniciativa do Governo Federal,
aprovada em 2011, regulamentou o direito constitucional dos cidadãos poderem
ter acesso às informações dos õrgãos públicos das três esferas da União, mas
ela tem sido pouco implementada no ambito dos Governos Estaduais. É preciso
divulgar melhor a Lei, para os cidadãos do Estado do Rio de Janeiro conhecerem
seus direitos, mas também dotar os órgãos públicos estaduais de procedimentos,
equipes e logística para poderem atender melhor aos cidadãos e suas demandas
por informações. Implantar um Plano de Dados Abertos, baseado no Plano do
Governo Federal, para disseminação de informações úteis para a sociedade,
valorizando os princípios da publicidade e da transparência na administração
pública. Criar um Gabinete Eletrônico do Governador, a através dele submeter
temas importantes à consulta pública nas redes sociais.
9 –
POLÍTICAS DE FOMENTO PARA O ÁUDIO VISUAL
Definir linhas de financiamento que fortaleçam o pólo produtor de audiovisual
no Rio de Janeiro, priorizando a produção independente de audiovisual, assim
como favorecendo a veiculação dessa produção em meios públicos e comunitários.
Distribuir a verba pública de forma que se contemple uma ampla diversidade de
conteúdos e de sujeitos realizadores de produtos audiovisuais, evitabdo a
concentração do investimento público.
10 – DEMOCRATIZAR A CULTURA NO ESTADO
Criar mecanismos necessários entre os produtores culturais e artísticos e os
meios de comunicação, comerciais e públicos, garantindo o cumprimento da
legislação e das Conferências de Cultura e da I CONFECOM, que estabelece os padrões
para que isso de dê (horários e quantidades), bem como criar as estruturas,
tanto burocráticas como operativas necessárias, via Secretaria de Cultura do
Estado, que defina a maneira como se dará o escoamento da produção artística e
cultural pelos meios de comunicação.
11 – POLÌTICAS DE EDUCOMUNICAÇÃO
Criar um programa de Educomunicação, foco na
Leitura Crítica das Mídias, na rede estadual de ensino público, especialmente
no último ciclo do ensino fundamental e no ensino médio, com o objetivo de educar
nossas crianças e jovens para o execício da cidadania plena, e a correta
compreensão do funcionamento dos meios de comunicação como reprodutor do
'status quo' existente.
12 – POLÍTICAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAS DA
INFORMAÇÃO
Estruturar a FAPERJ de forma a planejar,
articular e implantar com outros órgãos programas de inovação social para o
fortalecimento da área tecnológica. Construir um Plano Estratégico de
Tecnologias da Informação, que inclua a indústria de softwares, serviços e
infraestrutura avançada em TI. Fortalecer a pesquisa científica e tecnológica
na UERJ, estabelecendo parcerias com Centros Universitários e Faculdades do
interior do Estado. Concluir o Centro de Tecnologia Avançada (Resende).
Recuperar o projeto original da UENF, em condições de cumprir o seu papel de
apoio ao desenvolvimento regional. Desenvolvimento e uso intensivo de
ferramentas de C&T e TIC para implantação dos meios para o Programa de
Participação Social para Gestão das Políticas Públicas
FRENTE AMPLA PELA
LIBERDADE DE EXPRESSÃO DO ESTADO DO RJ
FNDC-RJ
– FÓRUM NACIONAL PELA DEMOCATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário