PLATAFORMA POR UMA
COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA MUNICIPAL
Reconhecer o Direito à
Comunicação é reconhecer que a Comunicação é um direito humano fundamental,
parte na nossa cesta básica de cidadania, tão importante quanto Trabalho,
Educação ou Saúde. Num país como o nosso, onde os meios de comunicação são
majoritariamente privados e oligopólicos, onde predomina o pensamento único e a
manipulação da informação, onde a legislação é arcaica e defasada, onde não há
garantia da diversidade cultural nem da pluralidade de opiniões, lutar pela
democratização da comunicação em todos os níveis, federal, estadual e
municipal, implica em lutar pela mais ampla liberdade de expressão, criando
ferramentas de maior participação popular nas políticas públicas de
comunicação. Nestas eleições municipais de 2012, sugerimos a todos os
candidatos progressistas, a cargos majoritários ou proporcionais, comprometidos
com a construção de uma sociedade mais justa e democrática, algumas propostas
de políticas públicas a serem implantadas no plano municipal.
1.
Conselho Municipal de Comunicação: Como
uma das formas de garantir uma maior participação da sociedade civil na
formulação e implementação das políticas públicas de comunicação social, é
fundamental termos um Conselho Municipal de Comunicação, com composição
equilibrada e isonômica entre poderes públicos, empresários do setor e
sociedade civil não empresarial, com estrutura mínima para seu bom
funcionamento, e com caráter deliberativo. Utilização de ferramentas como
Consultas Públicas e Audiências Públicas para inclusão da população nas tomadas
de decisão sobre políticas públicas para o setor.
2.
Conferências Municipais de Comunicação: Como
parte do processo democrático de preparação das Conferências Estaduais e da
Conferência Nacional de Comunicação, estas Conferências Municipais de
Comunicação devem ser o espaço privilegiado para a discussão e formulação das
políticas públicas de comunicação em nível municipal, com delegados
representando os três setores interessados: poderes públicos, empresários e
sociedade civil não empresarial, convocadas com periodicidade mínima de 3 anos,
ou previamente à realização das etapas estadual e nacional.
3.
Verbas publicitárias públicas para mídias
livres e alternativas: Garantir uma distribuição de percentual mínimo (a
ser regulamentado por Lei) das verbas publicitárias oficiais dos poderes
públicos municipais, tanto do Poder Executivo (Prefeitura), quanto do Poder
Legislativo (Câmara Municipal), nas mídias livres e alternativas (jornais de
bairro, blogs independentes, rádios e tv’s comunitárias, rádios e tv’s
públicas, revistas alternativas), como forma de descentralizar a utilização
dessas verbas publicitárias e fortalecer a comunicação livre e alternativa,
garantindo assim uma maior pluralidade na distribuição dessas verbas
publicitárias..
4.
Políticas de apoio para as mídias livres e
alternativas: Criação de um Fundo de Fomento Municipal
para as mídias livres e alternativas, apoiando oficinas de capacitação
para comunicadores comunitários, investimento em aquisição de equipamentos
técnicos para rádios e tv’s comunitárias, patrocínio de blogs independentes e
de jornais de bairro, projetos de incentivo à produção de conteúdos
audiovisuais e impressos dessas mídias livres e alternativas. Fortalecimento dos
Pontos de Cultura e Pontos de Mídias Livres, com investimentos municipais.
5.
Programa de inclusão digital: Projetos
que envolvam a formação de cidadãos e cidadãs para uma melhor utilização dos
equipamentos e ferramentas tecnológicas, democratizando o acesso à informática
e à Internet, como a construção de telecentros públicos e comunitários, criação
de redes de fibra ótica (última milha) que cheguem até às comunidades mais
carentes do Rio, universalizando a banda larga em todo o município (Praças
Digitais/Cidade Digital), programas de aquisição e distribuição de
micro-computadores para alunos e professores das escolas municipais.
6.
Governo Eletrônico: Democratização e
transparência nas informações dos poderes públicos municipais, em particular do
poder executivo, implementando no plano municipal a Lei do Acesso à Informação,
disponibilizando no site da Prefeitura todas as informações pertinentes sobre
os projetos e programas do Governo Municipal, em particular sobre o Orçamento e
sua execução, o mesmo acontecendo no caso da Câmara de Vereadores. Criação de
Ouvidorias em todos os órgãos dos Poderes Públicos.
7.
Educomunicação: Programas educacionais
nas escolas da rede municipal de ensino voltados para a capacitação e
aprendizado dos alunos com as ferramentas e práticas comunicacionais, com
destaque para um programa de leitura crítica da mídia.
8.
Radiodifusão Comunitária: Envidar
esforços junto ao Ministério das Comunicações e à ANATEL para a concessão de
mais canais de rádios comunitárias no âmbito do Município, desenvolvendo um
Plano Diretor de Radiodifusão Comunitária. Igualmente, lutar para que o Canal
da Cidadania da TV Digital seja implementado no âmbito de cada Município, com
ampla participação da sociedade organizada.
9.
TV’s Legislativas: Criar uma TV Legislativa
nos municípios aonde ela ainda não exista, e democratizar a gestão nos
Municípios aonde ela já exista, como forma de garantir uma maior transparência
do funcionamento do Poder Legislativo junto aos cidadãos.
10. Redes
Públicas: Capilarização e fortalecimento das redes públicas de TV e de
rádio no âmbito de todo o Estado, com a criação de estações repetidoras da TV
Brasil nos Municípios que ainda não são alcançados pela emissora de TV da EBC,
e criação de novas outorgas de rádios FM educativas para órgãos públicos (EBC,
Universidades Públicas, Prefeituras) em Municípios aonde ainda não existem
emissoras públicas de rádio.
11. Multirio
com produção para diversas mídias: Uma MultiRio com uma gestão mais
democrática e transparente, com produção para múltiplas plataformas e mídias
(TV, rádio, web, impressa) de produtos de comunicação voltados para a cidadania
e a inclusão social, com gêneros e formatos diferenciados, não circunscritos a
uma tarefa de educação formal, mas dialogando com as necessidades reais da população,
de produção e distribuição de conteúdos, no sentido mais amplo de uma educação
para a cidadania (este item é exclusivo para a Cidade do Rio de Janeiro).
FALE RIO
Rio de Janeiro, 27 de agosto
de 2012
Assinam esta plataforma eleitoral os seguintes candidatos à vereança:
Rio de Janeiro:
Igor Bruno (PCdoB) - Coordenador de Políticas Públicas de Juventude da prefeitura do Rio de Janeiro.
Reimont (PT) - Presidente da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação e da Cultura - Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Niterói:
Cláudio Salles (PT)
Assinam esta plataforma eleitoral os seguintes candidatos à vereança:
Rio de Janeiro:
Igor Bruno (PCdoB) - Coordenador de Políticas Públicas de Juventude da prefeitura do Rio de Janeiro.
Reimont (PT) - Presidente da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação e da Cultura - Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
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